quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Augusto dos Anjos


Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no engenho Pau d’Arco, município do Espírito Santo (atual município de Sapé), estado da Paraíba, no dia 20 de abril de 1884. Era filho do Dr. Alexandre dos Anjos e de Córdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Sinhá Mocinha). Foi batizado na igrejinha do Engenho Bom Fim na Vila do Espírito Santo, pelo padre Antônio Ferreira de Castro. Filho de tradicionais senhores de terra, foi amamentado pela ama-de-leite Guilhermina. Inteligente, logo cedo aprendeu a ler e escreveu seus primeiros versos aos sete anos de idade.                                                                                                                                                                       
Mudando-se para João Pessoa, morou no Beco do Carmo, depois Rua Direita e Rua Nova, no centro da cidade. Em 1900 matriculou-se no curso de Humanidades do Liceu Paraibano, onde conheceu Orris Soares, tio-avô de Jô Soares, de quem ficou amigo. Nesse ano publicou o soneto “Saudades” no Almanaque do estado da Paraíba. No ano seguinte escreveu para o jornal “O Comércio”, iniciando também correspondência com a sua mãe, Sinhá-Mocinha, que manteria até um mês antes de sua morte.
Em 1903 ingressou na Faculdade de Direito do Recife (PE), destacando-se como ótimo aluno. Em 1904 publicou no jornal “O Comércio” seu famoso soneto “Vandalismo”. Em 13 de janeiro de 1905 perdeu seu pai e seis dias depois publicou os sonetos “A meu pai doente”, “A meu pai morto” e “Ao sétimo dia de seu falecimento”. No ano seguinte publicou seu soneto mais famoso “Versos íntimos”, no jornal “O Comércio”. Em 1907 bacharelou-se em Direito.
Em 1908 lecionou literatura no Liceu Paraibano, como professor interino, ficando no cargo por dois anos. No dia 4 de julho de 1910, às 17h00, casou-se com a professora e conterrânea Esther Fialho, que adquiriu o nome de Esther Fialho Rodrigues dos Anjos. Em outubro do mesmo ano mudou-se para o Rio de Janeiro.
Em 1911 licenciou geografia na Escola Normal, como professor interino; ensinou também no Colégio Pedro II. Em fevereiro daquele ano nasceu morto o seu primeiro filho. Em 1912 publicou seu livro “Eu”, patrocinado pelo irmão Odilon, em tiragem de mil exemplares, que custou 550.000 réis. O livro foi recebido com espanto e estranheza pela crítica. Nesse ano nasceu sua filha Glória Fialho dos Anjos. Em 1913 nasceu seu filho Guilherme Augusto Fialho dos Anjos (nome em homenagem à Guilhermina).
Mudando-se para Leopoldina, Minas Gerais, no ano 1914, foi nomeado diretor do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, no dia 1º de julho. Doente, morreu de pneumonia aguda no dia 12 de novembro do mesmo ano, naquela cidade, onde foi sepultado. 

Bibliografia:
MEDEIROS, Irani. Cartas e Crônicas de Augusto dos Anjos. João Pessoa, A UNIÃO, 2002.
PEREIRA, Marília Mesquita Guedes. Uma breve contribuição bibliográfica sobre Augusto dos Anjos. João Pessoa, Grafset Ltda., 1985. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

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